terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Investimento-Ações em Forte Recuperação em Janeiro

A Bolsa brasileira fechou em alta nesta terça-feira (31) e acumulou ganhos de mais de 11% no mês, registrando o melhor janeiro desde 2006 e a maior alta mensal desde outubro.

O Ibovespa, principal índice de ações na Bolsa paulista, fechou a sessão com alta de 0,48%, aos 63.072,31 pontos. O giro financeiro desta sessão foi de R$ 8,78 bilhões.

Em janeiro, o Ibovespa acumulou valorização de 11,13%. Em janeiro de 2006, o índice avançou 14,7%.




Os negócios desta sessão foram influenciados por esperanças de que a Grécia esteja próxima de um acordo com credores privados. O contraponto foram dados ruins da economia dos Estados Unidos.

Dólar cai 6,5% no mês e vai a R$ 1,747
Após chegar a subir no meio da sessão, o dólar comercial tornou a perder força e fechou em queda ante o real, em meio a fluxos pontuais de recursos e perspectivas de que o Brasil continue atraindo dólares nos próximos meses.

A moeda norte-americana fechou o dia com queda de 0,13%, cotada a R$ 1,747. No mês de janeiro, o dólar registrou desvalorização de 6,5% em relação à moeda brasileira --maior baixa mensal desde outubro, quando recuou 9,51%.

Ações de destaque na Bovespa
No pregão desta terça-feira, a Gafisa (GFSA3) foi destaque de alta, subindo 6%, a R$ 4,77, em meio a rumores de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) da empresa, que não quis comentar o assunto.

As ações da Vale também foram destaque positivo. A preferencial (VALE5) subiu 2,55%, a R$ 42,69, enquanto a ordinária (VALE3) ganhou 2,78%, a R$ 44,70.

Na véspera, a mineradora informou que obteve liminar na Justiça que reverteu efeitos de despachos desfavoráveis sobre pendências tributárias de lucros no exterior.

Já a preferencial da Petrobras (PETR4) encerrou estável, a R$ 24,57.

Entre as baixas da sessão, destaque para Bradesco (BBDC4), com recuo de 3,15%, a R$ 31,40. Santander (SANB11) perdeu 1,4%, a R$ 16,20. Ambos divulgaram resultados decepcionantes do quarto trimestre.

Cyrela (CYRE3) teve queda de 3,06%, a R$ 16,18. Após o fechamento da Bolsa, a empresa informou que reduziu a previsão de vendas em 2012, para a faixa entre R$ 6,9 bilhões e R$ 8 bilhões, contra meta anterior, de R$ 8 bilhões a R$ 8,9 bilhões.

Analistas esperam fevereiro positivo
Embora a alta de janeiro abra espaço para realização de lucros, a expectativa de analistas é de que tais movimentos sejam curtos, e que o mercado acionário brasileiro tenha outro mês positivo em fevereiro.

"Mesmo que haja dias com dados ruins como hoje, não trabalhamos com um cenário de muitas notícias negativas. Estamos em um momento no qual o investidor está tomando mais risco, com forte fluxo de recursos estrangeiros para emergentes", afirmou a chefe de gestão de fortunas da Mirae Securities, Luciana Pazos.

Apesar de considerar que as preocupações de antes ainda rondam os mercados, como a desaceleração do crescimento da economia global e os problemas fiscais da Europa, Luciana considerou que os ativos brasileiros continuam baratos.

"Se olhar simplesmente os preços, dá para esperar que suba mais", disse.

Alvaro Bandeira, diretor da Ativa Corretora, também destacou a entrada de recursos externos na Bovespa, que até o dia 27 deste mês somou R$ 6,5 bilhões, um resultado acima do saldo positivo de todo o ano de 2010, que ficou em R$ 5,86 bilhões. Em 2011, houve saída líquida de recursos.

"A alta de janeiro condiz com o ambiente mais amigável no exterior. A União Europeia tomou algumas decisões importantes, tivemos dados positivos da economia dos EUA e da China, e aqui o grande diferencial foi o ingresso de estrangeiros", afirmou.

Para ele, caso o cenário externo continue "benigno", não há motivos para a bolsa interromper os ganhos de janeiro.

Bolsas internacionais
As ações europeias subiram, com renovadas esperanças de um acordo para a dívida da Grécia, embora os ganhos tenham sido limitados por dados mais fracos que o esperado nos Estados Unidos, que lançaram dúvidas sobre a força da maior economia mundial.
O índice FTSEurofirst 300 das principais ações europeias fechou em alta de 0,7%, aos 1.037 pontos, em números preliminares. No mês de janeiro, o índice acumulou ganho de 3,6%.

Em LONDRES, o índice Financial Times subiu 0,19%, a 5.681 pontos. Em FRANKFURT, o índice DAX avançou 0,22%, para 6.458 pontos. Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 1,01%, a 3.298 pontos.

As Bolsas de Valores asiáticas fecharam em alta, com o primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, alimentando esperanças de que um acordo com os credores será alcançado nesta semana para evitar um calote desastroso de seu país, mas preocupações sobre a capacidade de refinanciamento de Portugal limitaram os ganhos.

Um otimismo sobre a resiliência econômica dos Estados Unidos também ajudou alguns mercados, como o de Tóquio, que avançou 0,11%, e o de Seul, que deixou de lado uma queda inesperada da produção industrial sul-coreana em dezembro para subir 0,4%.

O mercado avançou 1,14% em Hong Kong e a bolsa de Taiwan ganhou 1,48%, enquanto o índice referencial de Xangai subiu 0,33%. Cingapura avançou 0,64% e Sydney destoou ao fechar com desvalorização de 0,24%.

(Com informações da Reuters e Valo

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Dolar cai a menor nivel em um mês R$ 1,80

O dólar caiu ao menor nível em mais de um mês ante o real nesta terça-feira, reagindo a entradas de recursos e a perspectivas de mais ingressos de capital no país após recentes emissões de empresas brasileiras e do próprio governo. O quadro externo favorável a ativos de risco corroborou o movimento.

No fechamento, a moeda americana recuou 1,85%, para 1,8008 real na venda. É a menor cotação desde 7 de dezembro, quando a divisa terminou a 1,7905 real. Na mínima do dia, a taxa de câmbio atingiu 1,7948 real, queda de 2,17%.

Segundo dados da Thomson Reuters, o real foi a moeda que mais se valorizou nesta terça-feira dentre as 36 divisas mais negociadas nos mercados de câmbio globais. Três operadores consultados notaram fluxo positivo durante toda a sessão, num sinal de que os investidores aproveitaram o ambiente de menor aversão a risco para aplicar em ativos brasileiros.

Para o gerente de câmbio da Fair Corretora, José Roberto Carreira, o real estava muito "descontado" e por isso reage às perspectivas de fluxo com mais força. "O mercado estava preso à faixa de 1,85 real e encontrou fôlego para cair, uma vez que você espera que mais dinheiro entre por conta das captações", afirmou.

Há exatamente uma semana, o Brasil anunciou uma emissão soberana que contou com forte demanda e abriu caminho para que empresas com dificuldade de captação no mercado de capitais internacional melhorem suas condições de financiamento. A notícia levou o dólar a cair 2% na terça-feira passada – maior queda em dois meses.

China – O mercado também reagiu a perspectivas de que a China, segunda maior economia do mundo e principal parceiro comercial do Brasil, anuncie medidas para estimular sua economia, que assim importaria mais matérias-primas, principal item da pauta de exportações doméstica.

(Com Reuters)