sábado, 22 de outubro de 2011

Investimento-Tesouro Direto

Tesouro Direto interessa, mas gera dúvidas em investidores; conheça a modalidade



SÃO PAULO - O Tesouro Direto tem chamado a atenção de muitos brasileiros. Prova disso é o resultado de uma enquete recente do Portal InfoMoney, que perguntava para os leitores por qual investimento – além do mercado acionário - eles tinham mais interesse ou dúvidas: um terço dos respondentes citou o Tesouro Direto.

Se você também se interessa por esta aplicação ou tem alguma dúvida sobre como investir, é interessante entender, em primeiro lugar, o que são títulos públicos.

"Os títulos públicos possuem a finalidade primordial de captar recursos para o financiamento da dívida pública, bem como para financiar atividades do Governo Federal, como educação, saúde e infraestrutura", diz o site do Tesouro Nacional. Isso quer dizer que, ao aplicar nestes títulos, é como se o investidor estivesse “emprestando” dinheiro para o Governo, em troca de uma rentabilidade mensal.

E o Tesouro Direto nada mais é do que um programa de venda de títulos públicos a pessoas físicas, desenvolvido pelo Tesouro Nacional em parceria com a CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia).

"Por se tratarem de títulos da dívida do Governo, o Tesouro Direto é um dos investimentos mais seguros que existem", afirma o professor do Ibmec – RJ, Marcos Heringer.

Como investir?

De acordo com o Tesouro Nacional, qualquer pessoa que more no Brasil e que possua CPF (Cadastro de Pessoa Física) pode adquirir estes títulos, desde que tenha cadastro em uma corretora habilitada. As compras podem ser feitas pelo próprio site do Tesouro Direto ou, então, pelo homebroker da corretora – desde que ela disponibilize esta opção.

Atualmente, é possível investir a partir de uma fração equivalente a 0,2 de um título público, o que significa um investimento mínimo de cerca de R$ 100. Entretanto, o Tesouro Nacional anunciou recentemente uma mudança nas regras e, a partir de 2012, será possível investir ainda menos – uma fração de 0,1 de um título público, com piso próximo a R$ 30.

“O Governo anunciou uma série de novidades para popularizar este tipo de investimento”, diz o diretor da Valore Investimentos Personalizados, Sérgio Quintella.

Além da redução da aplicação inicial, entre as novas regras, também será possível efetuar compras programadas de títulos, com valor e prazo predeterminado. Ou seja: se o investidor quiser aplicar R$ 200 por mês durante 5 anos, não vai precisar entrar no site do Tesouro Direto para fazer a aplicação a cada 30 dias. Basta fazer uma única programação e o valor será retirado automaticamente da sua conta na corretora todos os meses.

Rentabilidade

Os títulos do Tesouro Direto possuem prazos para resgate diferentes e, na hora de comprar, o investidor escolhe uma data de vencimento do título. O tempo para receber o pagamento pelo título muda de acordo com as necessidades de financiamento do Governo, e varia de prazos menores, como um ano, até títulos com vencimento em mais de 30 anos. Lembrando que é possível vender o título antes do vencimento, mas, neste caso, a rentabilidade pode ser prejudicada.

Os títulos se dividem em duas classes: prefixados e pós-fixados. No primeiro caso, o investidor já sabe qual será o retorno no momento da emissão, desde que ele mantenha o papel até o seu vencimento.

No caso dos pós-fixados, não há como saber antecipadamente qual será a rentabilidade, já que esses papéis têm seu rendimento atrelado a algum indicador de mercado (inflação ou taxa básica de juro) e pagam um adicional em relação a este referencial.

Principais títulos disponíveis para compra*:

LTN - Letra do Tesouro Nacional - Título com rentabilidade definida (taxa prefixada) no momento da compra. O pagamento é único e feito na data de vencimento do título ou de seu resgate;

LFT - Letra Financeira do Tesouro – Este título tem rentabilidade diária vinculada à Selic (taxa de juros básica da economia). O pagamento é único e feito na data de vencimento do título ou de seu resgate;

NTN-B - Nota do Tesouro Nacional, série B - Possui rentabilidade vinculada à variação do IPCA, acrescida de juros definidos no momento da compra. O pagamento dos juros é realizado semestralmente e o valor do título é pago na data de seu vencimento ou de seu resgate;

NTN-B Principal - Título com a rentabilidade vinculada à variação do IPCA, acrescida de juros definidos no momento da compra. O pagamento é único e feito na data de vencimento;

NTN-F - Nota do Tesouro Nacional, série F – Possui rentabilidade prefixada, acrescida de juros definidos no momento da compra. Os juros são pagos semestralmente e o valor do título é pago na data de seu vencimento ou de seu resgate.

*Fonte: site do Tesouro Direto
Texto Fonte: MSN Investimentos

domingo, 16 de outubro de 2011

Cartão de Crédito e Compras Internacionais

Alta do IOF faz compra com cartão de crédito no exterior ficar mais cara
Pela nova regra, que começa a valer em 30 dias, o cartão de crédito é a opção mais cara para efetuar compras fora do país. Especialista explica como buscar outras formas de pagamento e reduzir gastos.


Sejam feitas no exterior ou em sites da internet, as compras internacionais vão pesar mais no cartão de crédito. Na sexta-feira, o governo aumentou o IOF para 6,38%. A medida passa a valer nas faturas em 30 dias.
Com o real forte, os brasileiros estão viajando mais e voltando para casa com as malas cheias de produtos importados. Só no ano passado, foram gastos 16 bilhões de dólares com compras lá fora. Segundo os economistas, os gastos vão continuar crescendo apesar da alta do IOF.
“Com isso o governo arrecada uma receita adicional e vai permitir compensar um pouco a perda que ele esta tendo em outras modalidades”, fala o economista da LCA Consultores, Celso Toledo.
O cartão de crédito é forma mais comum de fazer compras fora do país, mas não é a única.
“O consumidor que ele verifica, o preço final do produto que ele está pagando em reais comparando com o dólar, ele não faz a conta do IOF”, explica o professor de finanças da Fia, José Carlos Luxo.
O Jornal da Globo fez. Pediu a um especialista em finanças para que comparasse quatro meios de pagamento. Lembrando que o IOF só aumentou para compras no cartão de crédito.
Pela nova regra, o cartão de crédito é a opção mais cara. Um gasto de mil dólares com o câmbio médio de hoje, R$ 1,69, sairia por R$ 1.797 mil com o novo IOF.
Quem faz as despesas de viagem em papel moeda comprado no Brasil, paga o câmbio turismo, mais caro, hoje a R$ 1,77. Gasto em reais: R$ 1.776 mil.
O turista também pode sacar dinheiro em caixas eletrônicos no exterior com o cartão do banco. Neste caso, paga IOF e câmbio mais baixos, de R$ 1,69, mas tem a tarifa: em média, R$ 10 por saque. Total: R$ 1.706 mil.
Mas o que pesa menos no bolso é usar o cartão na modalidade débito em conta. Sem tarifa e com IOF, de 0,38, a compra fica abaixo de R$ 1.700.
“Portanto, cartão de débito internacional seria mais vantajoso para quem esteja viajando para exterior”, orienta Luxo.